quarta-feira, 29 de abril de 2009

Gripe

Nova estirpe do vírus da gripe identificada em surtos de gripe humana de origem suína no México e Estados Unidos da América
A Organização Mundial da Saúde coordena a nível global a resposta ao surto de gripe humana de origem suína identificada no México e nos Estados Unidos da América, avaliando e monitorizando o respectivo potencial pandémico.

Fases pandémicas
(1) Um novo subtipo de vírus é um vírus que ainda não circulou em humanos durante, pelo menos, várias décadas e para o qual a maioria da população humana não tem imunidade.

(2) A distinção entre as fases 1 e 2 baseia-se no risco de infecção ou doença humana, resultante de estirpes que circulam em animais. Esta distinção é baseada em vários factores e a sua importância relativa, de acordo com os conhecimentos científicos actuais. Estes factores podem incluir a patogenicidade em animais e humanos; a ocorrência em animais domésticos e gado ou em animais selvagens; a ocorrência em enzootia ou epizootia; a ocorrência em áreas geográficas localizadas ou dispersas e/ou outros parâmetros científicos.

(3) A distinção entre as fases 3, 4 e 5 é baseada na avaliação do risco de ocorrência de uma pandemia. Podem ser considerados vários factores e a sua importância relativa, de acordo com os conhecimentos científicos actuais. Estes factores podem incluir a velocidade de transmissão, a localização e disseminação geográfica, a gravidade da doença, a presença de genes de estirpes humanas (se derivados de uma estirpe animal) e/ou outros parâmetros científicos.

(4) Surtos com poucos casos humanos (ex. 25 casos, com duração de menos de 2 semanas). Nas fases iniciais de um surto não será possível calcular Ro (taxa/número básico de reprodução = média de novas infecções geradas por um caso), mas, com base em estudos de modelação, calcula-se que estes surtos terão 0 <>
(5) Surtos com maior número de casos humanos (ex. 25 a 50 casos, com duração de 2 a 4 semanas). Nas fases iniciais de um surto não será possível calcular Ro (taxa/número básico de reprodução = média de novas infecções geradas por um caso), mas, com base em estudos de modelação, calcula-se que estes surtos terão 0,5 <>
1. Conselhos práticos
Cuide-se - Descanse; - Beba muitos líquidos (água e sumos, de preferência sem açúcar); -
Não se agasalhe demasiado; - Tome medicamentos para a febre e dores (paracetamol, mesmo para crianças e grávidas; os adultos também podem tomar aspirina);
- Não dê aspirina às crianças, sem ser por recomendação médica; - Não tome antibióticos, porque não actuam nas doenças virais, não melhoram os sintomas nem aceleram a cura;
- Se viver sozinho, especialmente se for idoso, deve pedir a alguém que lhe telefone regularmente para saber como está. Se tiver uma doença crónica ou se os sintomas se prolongarem ou agravarem, contacte o seu médico assistente. Evite transmitir a gripe
- Reduza os contactos com outras pessoas;
- Lave frequentemente as mãos com água e sabão;
- Se tossir ou espirrar proteja a boca e o nariz com um lenço de papel de utilização única ou use o antebraço e não as mãos
- lave as mãos; - Para se assoar use lenços de papel de utilização única - lave as mãos.
Se tiver dúvidas, telefone para a linha Saúde 24 - 808 24 24 24
Perguntas e respostas
O que é a gripe?
É uma doença infecciosa aguda das vias respiratórias, causada pelo vírus da gripe.
Em que altura do ano é que surge a gripe?
A gripe ocorre, geralmente, entre Novembro e Março, no hemisfério Norte, e entre Abril e Setembro, no hemisfério Sul (meses frios locais), pelo que é designada por sazonal (relacionada com a estação do ano). Durante a Primavera e o Verão podem surgir doenças que, eventualmente, se confundem com a gripe mas que são provocadas por outros vírus.
O que é uma epidemia de gripe?
É a ocorrência de casos de gripe em número superior ao esperado numa determinada comunidade ou região.
O que é uma pandemia de gripe?
É uma epidemia que abrange uma vasta área geográfica e que atinge uma grande parte da população a nível mundial. No século XX, ocorreram três pandemias de gripe: em 1918/19 (gripe espanhola), em 1957/58 (gripe asiática) e em 1968/69 (gripe de Hong Kong). As pandemias são causadas por novos subtipos de vírus para os quais a população ainda não tem imunidade/protecção, e podem surgir em qualquer altura do ano.
Como se transmite a gripe?
O vírus é transmitido através de partículas de saliva de uma pessoa infectada, expelidas sobretudo através da tosse e dos espirros, mas também por contacto directo, por exemplo, através das mãos.
Qual o período de incubação?
O período de incubação (tempo que decorre entre o momento em que uma pessoa é infectada e o aparecimento dos primeiros sintomas) é, geralmente, de 2 dias, mas pode variar entre 1 e 5 dias.
Qual o período em que uma pessoa infectada pode contagiar outras?
O período de contágio começa 1 a 2 dias antes do início dos sintomas e vai até 7 dias depois; nas crianças pode ser maior.
Quais os sintomas/sinais da gripe?
No adulto, a gripe manifesta-se por início súbito de febre alta, calafrios, dores de cabeça, dor de garganta, dores musculares e articulares, tosse seca, congestão nasal e mal-estar geral. Para além da febre alta, nas crianças são frequentes os sintomas gastrointestinais (náuseas, vómitos, diarreia, dor abdominal) e a prostração, que ocorre em metade das crianças doentes até aos 4 anos de idade.
A gripe e a constipação são a mesma doença?
Não. Os vírus que as causam são diferentes e, ao contrário da gripe, os sintomas/sinais da constipação são limitados às vias respiratórias superiores: nariz entupido, espirros, olhos húmidos, irritação da garganta e dor de cabeça. Raramente ocorre febre alta ou dores no corpo. Os sintomas e sinais da constipação surgem de forma gradual.
Como se diagnostica a gripe?
O diagnóstico é essencialmente clínico, através da identificação dos sintomas e sinais descritos.
Qual a gravidade da gripe?
A maioria das pessoas recupera da doença em 1 ou 2 semanas mas, nalguns casos, como por exemplo pessoas mais idosas ou portadoras de algumas doenças crónicas, pode ser mais grave. Assim, o quadro clínico pode complicar-se com uma pneumonia por infecção viral ou bacteriana ou com um agravamento da doença crónica existente (asma, diabetes, doenças cardíacas, pulmonares ou renais), necessitando, eventualmente, de internamento hospitalar.
Como se evita a gripe?
A gripe pode ser evitada através da vacinação anual e da redução de contactos com pessoas infectadas. Esta vacina só confere protecção contra a gripe sazonal. Lavar frequentemente as mãos reduz o risco de contrair a gripe e outras infecções.
Quem deve ser vacinado contra a gripe?
Devem ser vacinadas as pessoas que têm maior risco de sofrer complicações depois da gripe: . Pessoas com 65 e mais anos de idade, principalmente se residirem em instituições;
. As pessoas com mais de 6 meses de idade que sofram de:
- Doenças crónicas dos pulmões, do coração, dos rins ou do fígado;
- Diabetes em tratamento (comprimidos ou insulina);
- Outras doenças que diminuam a resistência às infecções.
Quem não deve ser vacinado contra a gripe?
As pessoas com alergia grave ao ovo ou que tenham tido uma reacção alérgica grave a uma dose anterior de vacina contra a gripe.
A vacina contra a gripe funciona?
Sim. A vacinação reduz muito o risco de contrair a infecção e se a pessoa vacinada for infectada terá uma doença mais ligeira.
A vacina pode provocar a gripe?
Não. A vacina contra a gripe não contém vírus vivos, pelo que não pode provocar a doença. No entanto, as pessoas vacinadas podem contrair outras infecções respiratórias virais que ocorrem durante a época de gripe.
A vacina dá protecção a longo prazo?
Não, porque o vírus muda constantemente e surgem novos tipos de vírus para os quais as pessoas não têm imunidade. Assim, é necessário que a vacina seja diferente em cada ano.
Quando deve ser feita a vacinação?
Como, em Portugal, o pico da actividade gripal tem ocorrido entre Dezembro e Fevereiro, a vacinação deve ser feita, preferencialmente em Outubro/Novembro, podendo, no entanto, decorrer durante todo o Outono e Inverno.
Onde se compra a vacina?
A vacina compra-se nas farmácias e, com receita médica, é comparticipada.
Como se deve guardar a vacina?
Depois de comprada, a vacina deve ser administrada assim que possível. Até a levar ao serviço de saúde para ser administrada, a vacina deve ser conservada dentro da embalagem, no frigorífico, entre +2º e +8ºC (nas prateleiras do meio do frigorífico e não na porta).
Linha Saúde 24 - 808 24 24 24
Informação retirada:http://www.dgs.pt/

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Páscoa

Páscoa em Terras do Verde Minho

Em todo o Minho, o Domingo e a Segunda-feira de Páscoa e em muitos locais o Domingo de Pascoela, são celebradas com o "compasso" que vai de porta em porta.

É hábito por estas paragens conceder o "folar" ao pároco que visita as casas. As ofertas são variadas… por exemplo em Serdedelo as raparigas solteiras esperam o padre à entrada da porta, oferecendo-lhe um "raminho" que deverá transportar até outra casa onde lhe entregam novo "raminho". Mas as oferendas podem passar, também, pelo açúcar, arroz e ovos. Algumas Aldeias e freguesias minhotas possuem tradições muito próprias. O "compasso" em Vitorino das Donas, na Ribeira Lima, é conduzido por homens, que para se protegerem do sol, usam os célebres "cachenés" dos fatos regionais. É vê-los pelas ruas da freguesia, ao som dos foguetes lançados por quase todas as moradias, de lenço na cabeça como se de mulheres se tratassem. Uma das vivências mais particulares na Ribeira Lima é o “jantar do Mordomo da Cruz”. Cabe àquele que transporta a Cruz oferecer um repasto a toda a freguesia. É assim em Fontão (Ponte de Lima) e Meixedo (Viana do Castelo). Há anos em que à mesa de sentam cerca de 500 pessoas.No concelho de Viana do Castelo, na Freguesia de Cardielos, podemos assistir à velha tradição do “Bife da Páscoa” em que os homens da freguesia se juntam para, em jeito de concurso, elegerem o maior glutão. Em Braga, realizam-se, durante a semana santa, 5 procissões, das quais se destaca a Procissão do Ecce Homo, na Quinta-feira Santa, pelas 22h, guiada pelos Farricocos (homens com grosseiras vestes de penitência, descalços e encapuçados, de cordas à cinta, como outrora os penitentes públicos), empunhando matracas e fogaréus.