Poesia
Escondida
A Cidade
de Évora
Percorrendo esta linda cidade, que é Património Comum da
Humanidade, por praças, ruas e ruelas estreitas, o chão coberto de pedras.
Partimos da sua sala de visitas que é a Praça do Giraldo, com sua fonte
Henriquina, vamos à Igreja de Santo Antão,
rezar uma breve oração, dobramos uma esquina, e subimos a rua 5 de Outubro, que
está sempre ao rubro, com gente de várias paragens, depois das suas grandes
viagens.
Vamos rezar à Sé e subimos ao topo da sua torre altaneira,
estendemos os olhos até onde a nossa vista alcança, e não é uma ilusão, porque é
tão a bela paisagem, que ficamos com toda a certeza, que nos preenche o coração,
pois é tanta essa beleza.
Vamos ao museu e para além de muitas e belas obras, vemos a
campa do Cónego Severim, que é muito importante para mim, tal como a Biblioteca
Pública, ali bem perto vemos o belo Templo Romano, que sofreu obras há menos de
um ano.
Ali também há o Centro de Arte e Cultura Eugénio de Almeida, e a
Pousada dos Loios, desce e vai à estação dos Correios, ao Município na Praça do
Sertório, vamos à igreja de S. Salvador, ou vai às Finanças, para pagar os
impostos, mesmo contrariados, seja como for.
A Universidade, que já tem muita idade, neste país, uma das mais
antigas, onde estudaram e estudam, pessoas muito queridas.
Na Praça 1.º de Maio vamos às compras ao Mercado Municipal, e
fazer uma das mais tradicionais visitas, que é à Igreja de S. Francisco e da
não menos célebre Capela dos Ossos, e recordamos o tempo passado, damos uma
volta pelo Jardim Público, saímos fora das muralhas e vamos até ao Rossio em
dia de mercado, e vamos sem olhar para trás, rezar à igreja de S. Brás.
Demos a volta à sua antiga muralha, e estamos no Largo das
Portas de Moura, subimos a rua e lá está imponente, o Teatro Garcia de Resende,
que é espetacular, na Praça Joaquim António de
Aguiar. Seguimos para o Largo de Camões, seguimos quase aos trambolhões, e saímos
na Porta de Avis, porque a gente assim quis, seguimos até aos hospitais, onde
lá dentro se ouvem muitos ais.
Voltamos às Portas de Moura, onde
está o Tribunal, a que se porta bem não faz mal, vamos
à Igreja do Carmo, pedir a bênção para a nossa família, seguimos até ao Largo
da Misericórdia com a sua Igreja, e estamos de volta à
Praça do Giraldo.
Muito ficou ainda por dizer, pois já estou cansada de escrever,
mas venham visitar a linda cidade de Évora, ela por aqui está à espera, no
coração do Alentejo, e me despeço com um beijo.
Breves
dados biográficos:
Sou
natural de Vila Pouca de Aguiar, em Trás-os-Montes.
Tenho
60 anos e sou viúva. Tenho um casal de filhos, duas netas e um neto, que adoro.
Vivo há muitos anos na linda cidade de Évora, Património Mundial da Humanidade,
“Unesco”.
Trabalho
na biblioteca de uma escola secundária da cidade.
Já
participei nas Coletâneas da Editora Lua de Marfim: “Confissões, Premonições,
Obsessões, Poema-me e Sentidos: Sexto Sentido I”.
Participei
também com 2 poemas, na Coletânea “Som de Poetas”, e na Coletânea, “A Minha
Vida Dava um Filme”, da Editora Papel D’Arroz, nas Coletâneas “Folhas, Brisa e
Luz”, no “Gelo, Branco e Natal” no “Poemário de 2018”, e “Flores, Verde e
Borboletas” da Pastelaria Estúdios.
Évora, 21 de fevereiro de 2018