quarta-feira, 14 de setembro de 2022

VIVA A UCRÂNIA MALDITA GUERRA!

 Viva a Ucrânia

MALDITA GUERRA!

Ninguém estava à espera,

Que logo ao acordar,

Ver na nossa televisão,

Gente, outra gente matar,

Sem nenhuma compaixão.

Ver mães com filhos ao colo,

E com outros pela mão,

A fugir para os salvar.

Ao ver essas imagens,

Dói-nos o coração.

Esta guerra é muito injusta,

Está muita gente a morrer

Muitos estão a sofrer

Porque este grande ditador,

Ambicioso e traidor,

Com muita sede de poder

E sonhos de imperador,

Do seu palácio em Moskovskiy

Quer matar o seu opositor,

O SENHOR Volodymyr Zelensky,

Que é um GRANDE PRESIDENTE,

Deste povo defensor,

Pobre povo sofredor!...

O meu coração sofre

Pelo povo da Ucrânia

Que está cada vez mais pobre

Com toda esta infâmia

Os Ecos De Liberdade e Paz

 Os Ecos De Liberdade e Paz

      Estão em Kiev, as Valquírias!

Querem saber quem são elas?

- São Mulheres lutadoras

Que lutam com o coração

Ao ouvi-las explicar

Porque vão combater

Falam com muito orgulho

Do que querem fazer

Querem ajudar os homens

Nesta luta desigual

Combater contra os russos

E também contra o Putin

Que parece um animal

Que é uma pessoa ruim

Manda matar um povo

Na sua terra natal

E todas estas mulheres

Sufocam os seus soluços

Para irem combater

Pela liberdade do povo

Que muito está a sofrer

Para que com os ecos da paz

E com os ecos da liberdade

O povo seja capaz

De viver à sua vontade!

Os Ecos De Liberdade e Paz

    Os Ecos De Liberdade e Paz

Queremos ouvir na Ucrânia

Os ecos da liberdade

Acabar com esta infâmia

Na aldeia e na cidade

Que mata um povo inocente

Com toda esta maldade

Os ecos da liberdade e da paz

Devem ter prioridade

Só ela nos satisfaz

Para viver à vontade

Por isso queremos ouvir

Os ecos da liberdade

No norte, leste ou oeste

Seja no centro ou no sul

Sofre um povo a fugir

Queremos ver o céu azul

Não com bombas a explodir

Nem com buracos no chão

Feitos pelos perigosos mísseis

Balísticos e de fragmentação

Ou pelos tais, hipersónicos

Que são grandes demónios

Ninguém os consegue parar

Queremos acabar com a guerra

Para que haja paz na terra!

A luz no teu caminho


A luz no teu caminho

É a luz que brilha
Ao fundo do túnel,
E faz com que tudo,
Seja possível.
É luz, é claridade...
Que ilumina,
A linda cidade!
E o teu caminho,
Quando te sentes,
Muito sozinho.
É chama que arde,
E que não queima,
Mas na verdade,
Dá mais luz,
Do que a lareira.
É luz, é claridade...
Na noite escura,
A felicidade pura,
Na luz que brilha,
Ali, naquele lar,
E na igreja,
Também ilumina,
O seu altar.

 

As belas Surfistas!


As belas Surfistas!

São elas, as mulheres surfistas!
Deslizando suavemente sob as águas do mar,
Montadas nas suas enormes pranchas,
Lá vão elas todas aprumadas,
Fazem uma festa quando estão a surfar.
Com os seus lindos cabelos ao vento,
Tiram fotografias para fixarem o momento,
São para mais tarde poderem recordar.
Vão de terra em terra, as grandes aventureiras,
Correndo atrás das ondas e das marés,
Com as suas pranchas debaixo dos pés,
Deslizam pelas ondas do mar,
Naquelas tão lindas praias douradas,
Nas bonitas ilhas do Havai,
Aquelas belas mulheres surfistas,
Caem e levantam-se sem darem um ai.


 Conceição Orvalho

Passeio em Família


Passeio em Família

Todos os domingos
Faziam grandes passeios
Por aqueles campos fora
Logo ao romper da aurora
Era grande a alegria
E durante todo o dia
Lá ia a grande família
Só parava para comer
E viam os miúdos correr
Por aqueles lindos prados
E não havia enfados
Sentiam o amor a crescer
Todos juntos a conviver
E só voltavam ao anoitecer


Conceição Orvalho

O Seu Sonho Acabou


O Seu Sonho Acabou
A loja que ele herdou
Está quase a fechar
O seu sonho acabou
Agora está a saldar
Está tudo em liquidação
Era a loja dos seus sonhos
Porque tudo o que sonhou
Para sempre acabou
Agora parte-se-lhes o coração
Estão de malas aviadas
Vão-se embora agora
É que um homem também chora
Com os impostos a aumentar
Não se ganha para os gastos
Hoje eles estão de rastos
Vão ter que emigrar
Para a vida ganhar

Conceição Orvalho

Delírios de Inverno

 I

"Delírios de Inverno"


É um delírio de inverno
Ou um grande pesadelo
Ter uma vida de inferno
Com esta dor de cotovelo

Com o frio dói-me o ombro
Que sofreu uma cirurgia
Às vezes ele dói-me tanto
Que vivo em agonia

Estava a falar do esquerdo
Mas também o meu direito
Está muito aleijado
Que me dói até o peito

Falos dos membros superiores
Mas não me posso esquecer
Que os membros inferiores
Também me estão a doer

Na coluna tenho hérnias discais
Que são problemas graves
Me fazem dar muitos ais
Tornam-me os movimentos incapazes

Para vestir o meu vestido
Ou calçar os meus sapatos
Às vezes penso que é castigo
Outras que resultam dos factos

De ter começado a trabalhar
Quando ainda era criança
Por isso estou agora a pagar
Com toda esta doença

 Até parece um castigo
Por não ter ido estudar
E penso às vezes comigo
Porque fui tão cedo trabalhar

Porque os meus outros irmãos
Também foram trabalhar
 Não podia haver exceções
Para ir só eu estudar

Os meus pais eram pobres
Mas tiveram oito filhos
Tinham sentimentos nobres
E tinham muitos sarilhos

Com dez bocas a comer
A todas as refeições
Havia muito que fazer
Para poupar uns tostões

Sempre trabalhei com afinco
Durante toda a minha vida
Agora tudo o que eu sinto
Que foi uma vida perdida

Porque os meus dirigentes
Nunca me deram valor
Se eles fossem coerentes
Tinham-me dado um louvor

Foram mais de trinta anos
De trabalho e dedicação
Foi uma vida de enganos
Que partiu o meu coração…

 II
"Delírios de Inverno".

Tenho Saudades
 Saudade do que passou
foi-se embora e não voltou
deixou para trás um vazio
difícil de preencher
deixou imensa tristeza
deixou fome, deixou frio
tirou toda a beleza
foi contra a natureza
porque o que era natural
era continuar a lutar
nos dias que estavam para vir
podia escolher outra via
foi aquela que escolheu
nada e ninguém o demoveu
eu é que não pude escolher
tive que a vida viver
um dia de cada vez
porque ele assim fez
com que isso acontecesse
deixou-me muita saudade
não dele,
da minha mocidade
e de todos os sonhos
com que eu sempre sonhei
a ele me dediquei
mas sozinha então fiquei
ele tudo me tirou
foi a casa e o futuro
nem lembranças me deixou
só o luto e a tristeza
tirou-me a pouca beleza
com que Deus me bafejou
tirou-me toda a alegria
que eu tinha noite e dia
e o futuro promissor
com que eu sempre sonhei
acabou, naquele maldito dia
negro dia de outono
que mais parecia de inverno
deixou tanta solidão
mas não acabou a minha luta
que eu tenho dia a dia
em busca do nosso pão
ai saudade, ai solidão!
que pesa cada vez mais
dentro do meu coração…

III
 "Delírios de Inverno".

 Lá vai a pequena pastora
Com o gado para os campos
E a sua mente sonhadora
Deixa-a às vezes, em prantos

Com a sua roupa rasgada
E a sola das socas já gasta
Come pão de côdea dura
Que com água a empurra

Olha para as nuvens do céu
E fala com os seus botões
Tem um sonho que é só seu
Quando juntar uns tostões

Vai comprar uma linda saia
Comprar também uns sapatos
 Para a festa da aldeia
Porque os seus já estão gastos

Se sobrar algum tostão
Vai comer uma cavaca
Vai dançar o malhão
E beber uma laranjada

Vai vestir-se de anjinho
Durante a procissão
E junto com o povinho
Mostrar a sua devoção


 Évora, 13 de Abril de 2020
Maria da Conceição Saraiva Roxo Orvalho

Delírios de Verão


Delírios de Verão


Gosto muito do verão
Cheinho de claridade
Mas quando ele se vai
Fico cheia de saudade…

Gosto de ir à praia
E gosto da areia dourada
Mas com as ondas do mar
Fico muito apavorada

Gosto de ir para o campo
Passear lá na aldeia
Gosto do nosso povo
Que é gente à maneira

No verão, gosto do sossego
Com cheiro de frutas maduras
Cheira a maçã e a pêssego
Cheira a ameixas e a uvas…

Areal, Maresia e Concha


Areal, Maresia e Concha

A vida é assim...
Às vezes floresce, como um jardim.
Mas há outras vezes, que tudo corre ao contrário.
Há momentos tão felizes, que temos no imaginário,
E tudo o que foi sonhado, se concretiza dia a dia.
Há tanta harmonia, que o nosso pensamento,
Voa mais longe que o vento, naquela praia, de imenso areal,
Com aquele cheiro a maresia, e tudo o que agente fazia,
Parecia ter tanto encanto, que nada nos fazia mal,
Nem se pisasse uma concha, trazida pelas ondas do mar,
A gente continuava a sonhar...
Pois a nossa felicidade, naquela tenra idade,
Parecia que não ia acabar. A vida era tão leve,
Que parecia uma pluma. Ao desfolhar o malmequer,
Todas as pétalas, uma a uma, a gente fazia a pergunta,
Malmequer? Bem-me-quer? E para aquela jovem mulher,
Cheia de sonhos cor-de-rosa, a vida era tão formosa,
E tudo o que acontecia, era como se fosse magia...
Depois, tudo o vento levou...
A minha vida mudou. Naquele dia tudo acabou.
Tal como as ondas do mar, batem forte no areal,
Assim bateu aquela porta, fechada a sete chaves.
Na minha vida, só há entraves, nem a esperança sobrou,
Só ficou a poesia, para me dar alegria!...

Areal, Maresia e Concha


Areal, Maresia e Concha

Naquele dia de estio,
No coração, senti um vazio,
Na alma um peso, uma dor,
Pensava que por mim sentias amor...
Mas não passaste de um traidor,
 E as tuas juras de afeição,
Eram falsas, e sem brio,
Não mereces o meu perdão.
Partiste o meu coração,
Destruis-te a minha vida,
Pensava que te era querida,
Estava cega e surda,
É assim que a vida muda,
Sem que a gente esteja à espera.
Eu acreditava numa quimera,
Mas a triste realidade,
Fez-me ver só a verdade.
Tive que pôr os pés no chão,
Ficou negro o meu coração,
E de preto me vesti,
Para os nossos filhos vivi,
Mas conforme envelheci,
Depois de tudo o que passei.
A minha vida de verdade,
Deixou-me muita saudade,
Da minha querida mocidade,
Que contido desperdicei...

Saudade da minha mãe…


Saudade da minha mãe…


O meu coração chora
Porque te foste embora
Para sempre deste mundo
Até ao último segundo
Estive sempre ao seu lado
Estivemos mão na mão
E o seu velho coração
Foi abrandando o seu bater
Até deixar de o fazer
Depois para sempre parou
A sua vida findou
Mas a sua imagem ficou
Para sempre comigo
A sua doce lembrança
Ficou no meu coração

Conceição Orvalho


Ai Quem Me Dera...


Ai Quem Me Dera...

Ai quem me dera
Poder voltar atrás no tempo
Perpetuar o momento
Em que estávamos lado a lado
Pensava que eras meu namorado
Mas não passou de ilusão
Que enganou o meu coração
Tive que seguir adiante
Deixar o que não interessava
Pensava que já não te amava
Mas estava enganada
Para sempre fiquei marcada
Eu era uma mocinha
Ainda muito novinha
E os sonhos que eu tinha
Dentro do meu coração
Fizeram-me perder a razão
Em vez de lutar por ti
Deixei o orgulho falar
Não parei para pensar
O que significavas para mim
Abri mão de ti assim
Como se não fosses nada
Mas estava enganada
Podia ter tido outra vida
Mas foi esta a minha sina...

Conceição Orvalho