quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Areal, Maresia e Concha


Areal, Maresia e Concha

A vida é assim...
Às vezes floresce, como um jardim.
Mas há outras vezes, que tudo corre ao contrário.
Há momentos tão felizes, que temos no imaginário,
E tudo o que foi sonhado, se concretiza dia a dia.
Há tanta harmonia, que o nosso pensamento,
Voa mais longe que o vento, naquela praia, de imenso areal,
Com aquele cheiro a maresia, e tudo o que agente fazia,
Parecia ter tanto encanto, que nada nos fazia mal,
Nem se pisasse uma concha, trazida pelas ondas do mar,
A gente continuava a sonhar...
Pois a nossa felicidade, naquela tenra idade,
Parecia que não ia acabar. A vida era tão leve,
Que parecia uma pluma. Ao desfolhar o malmequer,
Todas as pétalas, uma a uma, a gente fazia a pergunta,
Malmequer? Bem-me-quer? E para aquela jovem mulher,
Cheia de sonhos cor-de-rosa, a vida era tão formosa,
E tudo o que acontecia, era como se fosse magia...
Depois, tudo o vento levou...
A minha vida mudou. Naquele dia tudo acabou.
Tal como as ondas do mar, batem forte no areal,
Assim bateu aquela porta, fechada a sete chaves.
Na minha vida, só há entraves, nem a esperança sobrou,
Só ficou a poesia, para me dar alegria!...

Sem comentários:

Enviar um comentário