O Lobo a Porca e
os Porquinhos
Era
uma vez uma porca que estava com os seus filhos porquinhos, perto de um moinho movido
a água, que nesse momento estava parado, porque a água tinha sido desviada da
sua entrada porque o moleiro estava a dormir a sesta, quando apareceu sem saber
de onde, um lobo faminto.
Então
o lobo disse à porca:
- Vou-te
comer e depois como os teus filhotes.
- Ela
retorquiu-lhe.
- Não
me comas já, vai lá para baixo para o local de onde sai a água, que eu atiro-te
com um dos meus filhinhos de cada vez, e tu quando tiveres a barriga cheia,
deixas-me ir embora com os outros que sobrarem.
O lobo armado em espertalhão assim fez.
Mal
ele se pôs em cima da roda do rabião, que fazia parte da engrenagem exterior
que quando lá caía a água que entrava por um canal estreito existente na parte
superior do moinho e quando rodava, fazia as mós de dentro do moinho rodarem
cada uma em seu sentido e assim moer o grão que ia caindo devagarinho.
Enquanto
que o lobo subia descia até à parte mais baixa do moinho por onde saía a água e
onde estava o rabião, a porca e os porquinhos fossaram com toda a força a terra
do rego da água que a desviava do moinho, quando o lobo gritou:
- Já
cá estou, podes atirar-me o primeiro!
De
repente a água entrou tão depressa para o moinho que a roda do rabião começou a
rodar com tanta força que o lobo assustado começou a gritar.
-
Pára rabião, pára rabião!
O
moleiro ouviu tanto barulho que se levantou depressa e foi ver o que se passava.
Então
desligou a água, e ajudou a porca e os porquinhos a salvarem-se do apetite do
lobo que ao ver com uma pá na mão fugiu para longe e nunca mais voltou à
aldeia.
Perlim,
perlim, perlim pim, pim!
A
história chegou ao fim.
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