Poemário Amália
A nossa querida Amália
Foi uma grande fadista
Habituei-me a admirá-la
Por ser uma enorme artista
Cantava o fado com garra
Sempre de cabeça erguida
Também chorava a guitarra
Que estranha forma de vida
De um coração independente
Numa casa portuguesa
Viveu uma paixão ardente
Tinha uma grande nobreza
Com o seu xaile traçado
E o lindo vestido negro
O seu povo muito amado
Amália chorava a cantar
Com o coração na voz
Era uma fadista popular
Cantava para todos nós
Ó gente da minha terra
Um povo cheio de mágoas
Os jovens iam para a guerra
As mães choravam suas lágrimas
Para dar de beber à dor
Todos os sonhos eram seus
Amália cantava o amor
Também cantava a saudade
E foi por vontade de Deus
Que partiu para a eternidade!
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